Tão bons quanto Tsotsi! A história social do cinema e a África como foco na discussão das temáticas globais.
Por FELIPE VIVEIROS*
Z - Argélia (1969)
Parada obrigatória para os fãs de cinema, “Z” é um filme franco-argelino de suspense político, em caráter épico, dirigido por Costa-Gravas e baseado no romance de mesmo nome do diplomata e escritor grego Vassilis Vassilikos. O filme relata os acontecimentos em torno do assassinato do político grego e democrático, Grigoris Lambrakis, em 1963. O filme ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Edição, foi premiado como a Melhor Trilha Sonora pelo BAFTA, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro e levou para casa o Prêmio do Júri do Festival de Cannes.
Black and White in Color - Costa do Marfim (1976)
Filme de guerra e humor cáustico marfinense, “Black and White in Color” retrata o embate entre os colonos franceses e os alemães na disputa pela África Central. Expondo o recrutamento da população local, a produção adota um ponto de vista antimilitarista e ridiculariza os franceses, perdidos no deserto africano e com vários meses de atraso quanto aos acontecimentos de guerra. O longa ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e é o primeiro e único Oscar da Costa do Marfim.
Yesterday - África do Sul (2004)
Indicado como Melhor Filme Estrangeiro, no Oscar de 2005, dirigido e escrito pelo sul-africano Darrell Roodt, “Yesterday” conta a história de uma jovem mãe que descobre ser soropositiva para AIDS. Seu próprio marido a rejeita, embora seja quem a infectou. O filme é a primeira produção longa-metragem da história a ser realizada em Zulu.
Outside the Law - Argélia (2010)
Sobre a luta da Argélia pela independência da França, após a Segunda Guerra Mundial, “Outside de Law” é ambientado entre 1945 e 1962 e retrata a vida de três irmãos argelinos na França. Dirigido pelo cineasta franco-argelino Rachid Bouchareb, o filme provocou controvérsia política na França e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2011.
Timbuktu - Mauritânia (2014)
Eleito pelo The New New York Times como um dos melhores filmes do século 21 até agora, a produção analisa a ocupação de Timbuktu, no Mali, pelo grupo islamista Ansar Dine. Filmado no sudeste da Mauritânia, o longa revela a ruptura abrupta na vida de um pastor que reside nas dunas da região, normalmente livre dos jihadistas e fundamentalistas empenhados em controlar a sua fé. Dirigido pelo cineasta do Mali, Abderrahmane Sissako, o filme ganhou o Prêmio do Júri em Cannes e foi nomeado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2016.
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