As rappers conquistam espaço, inovam o estilo e confrontam a “cultura de macho” do continente.
Por FELIPE VIVEIROS*
Rebeca Lane
País: Guatemala
Direto da Cidade de Guatemala, Rebeca Lane faz do rap um espaço de denúncia. Socióloga, poetisa e cantora de hip-hop, é fundadora do projeto Somos Guerreras que tem como proposta trazer visibilidade às rappers centro-americanas. Suas letras abordam ativismo civil, desaparecidos e presos políticos da Ditadura Militar na Guatemala, repressão e direitos humanos. Com milhões de plays no Spotify seus álbuns de protesto Alma Mestiza (2016) e Obsidiana (2018) já alcançaram diferentes países e continentes.
Danay Suárez
País: Cuba
Rapper nascida em Havana, Danay Suarez mostra grande versatilidade ao transitar entre o jazz, o hip-hop e os gêneros tradicionais da música cubana. Com letras sentimentais, políticas e inteligentes seu álbum Palabras Manuales (2017) conseguiu quatro nominações ao Grammy Latino. Mestre da composição, suas canções têm integrado diversas trilhas sonoras de séries na Netflix e jogos de videogame, como Need For Speed e FIFA 2020.
Gabylonia
País: Venezuela
Levando a bandeira do rap latino para altos patamares, Gabylonia convida ao palco questões pessoais, determinação e tabus da música pop, como drogas, violência e “malandragem”. Nascida e criada em Caracas, descobriu seu talento para o hip-hop aos 15 de idade, quando começou suas aventuras pelo rapfreestyle. A cantora foi nomeada ao Grammy Latino em 2014 por sua colaboração na faixa Somos com a banda catalã Jarabe de Palo.
Nicki Nicole
País: Argentina
Uma das artistas com mais impacto na atualidade, Nicki Nicole explodiu na cena com o lançamento do single Wapo Traketero. A rapper desafia a “cultura de macho” no rap argentino e ocupa os espaços do gênero musical na América do Sul. Aos 17 anos, Nicki se juntou as competições de freestyle nas praças públicas de sua cidade natal, Rosário. Hoje conta com sólida carreira, mais de 390 milhões de views no YouTube e uma indicação ao Grammy Latino.
Eli Almic
País: Uruguai
Uma das figuras de destaque do hip-hop uruguaio, Eli Almic é combativa, feminista e anti status-quo. A artista está criando nova identidade do rap nacional ao mesclar rap com o gênero afro-uruguaio candombe, ainda pouco conhecido no Exterior. Seu hit Ajuda aborda o tema do abuso das mulheres, o medo e a violência das ruas.
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