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Online e gratuito: Mostra Cine África. Quais filmes assistir?

Do Egito ao Quênia, da Etiópia ao Senegal. Descubra a África além da África.


Por FELIPE VIVEIROS*


País com a maior população africana além da África, o Brasil conta com quase 86 milhões de afrodescendentes. A origem étnica do centro-oeste da África, do Golfo de Benim, da Senegâmbia e até das ilhas do Índico predominam no País. A influência no Brasil é grande. Aqui, lutamos capoeira, comemos feijoada, dançamos samba, adoramos as cores fortes. E não apenas. Marcamos documentos com "carimbo", temos o filho "caçula", chamamos vespa de "marimbondo", bebemos "cachaça"... todas elas, palavras de origem africana.


A mostra Cine África, realizada pela Mostra de Cinema Africanos em parceria com o SESC São Paulo, chega ao ambiente virtual com sessões semanais toda quinta-feira até o dia 26 de novembro na plataforma digital CinemaEmCasa. O evento apresenta produções dos últimos cinco anos, transmitidas nos festivais internacionais e inéditas no Brasil.


A edição é uma chance para o público brasileiro entrar em contato com um continente plural e diverso que, embora presente em nossa herança cultural, não é frequente nas salas de cinema do País.


Não sabe por onde começar e quais filmes assistir nesta edição da mostra?


Confira as recomendações da Cultura do Resto do Mundo para aproveitar ao máximo do cinema africano contemporâneo.


O Fantasma e a Casa da Verdade (2019)

País: Nigéria

Quando: de 08/10 a 14/10


Do diretor, roteirista e ator nigeriano Akin Omotoso, o longa conta a história de uma conselheira dedicada, que facilita sessões de reconciliação entre condenados pela justiça e suas vítimas. Quando a própria filha desaparece, sua crença no perdão é colocada à prova.



Rosas Venenosas (2018)

País: Egito

Quando: de 15/10 a 21/10


Dirigido pelo cineasta egípcio e ativista de direitos humanos, Fawzi Saleh, a trama explora a vida de dois irmãos que vivem uma relação tensa com a mãe, em um bairro pobre do Cairo. Seleh já contribuiu para muitos filmes e documentários como pesquisador e o seu longa Rosas Venenosas foi selecionado como representante do Egito para o Oscar de 2020.



Madame Brouette (2002)

País: Senegal

Quando: 22/10 a 28/10


Obra do cineasta, ator, roteirista e produtor senegalês, Moussa Sène Absa, o filme aborda a história de uma jovem que confessa ter matado o marido. O enredo desvenda a razão do ocorrido, e explora o comportamento da mulher emancipada no Senegal. O filme recebeu um Urso de Prata no Festival de Berlim, em 2002.



O Preço do Amor (2015)

País: Etiópia

Quando: 12/11 a18/11


O longa do roteirista e diretor etíope Hermon Hailay, aborda o drama de um taxista de Adis Abeba que se vê envolvido num relacionamento com uma prostituta ao ter o seu carro roubado. A mulher o confronta sobre o passado de homem casado, e questiona o preço do amor. O filme foi exibido na seleção oficial do Festival Internacional de Toronto, em 2015.



Supa Modo (2018)

País: Quênia

Quando: 26/11 a 02/12


Do diretor queniano nascido na Rússia, Likarion Wainaina, a produção foi a seleção do país para o Melhor Filme Estrangeiro, no Oscar de 2019. Supa Modo retrata uma jovem que almeja ser uma super-heroína em um pequeno vilarejo no Quênia. Suas ambições são dificultadas por uma repentina doença terminal, fazendo com que o povoado empreenda um emocionante plano para realizar seu sonho.


*Felipe Viveiros, graduado em Relações Internacionais pela PUC-SP, tem extensão universitária em Comunicação Empresarial pela Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e é mestre em Relações Internacionais e Organização Internacional pela Universidade de Groningen (Holanda).

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